Determinado e rápido, com uma invulgar capacidade para superar dificuldades, Ricardo Leal dos Santos apresenta um percurso desportivo pleno de diversidade e que lhe permite ser actualmente um dos mais cotados pilotos portugueses. Aventureiro nato, já participou no rali Dakar aos comandos de um Quad, prova que também desafiou a Solo na categoria Auto.

Nos registos históricos consta como sendo o mais jovem piloto federado em Portugal. Uma carreira que começa em 1985, no Karting, onde teve como adversários pilotos do calibre de Pedro Lamy, Manuel Gião e Pedro Couceiro. Sagra-se vice-campeão na Taça de Portugal / Categoria Primavera em 1987, resultado que repete no ano seguinte, desta feita na Categoria Verde.

Depois de um considerável interregno, a carreira de Ricardo Leal dos Santos recomeça apenas em 1995, quando aposta nas competições de Quad. Em 1997 entra para a história da modalidade, ao vencer o Rally da Tunísia, sendo o primeiro piloto de Quad a conseguir terminar a prova. Continuando a desbravar caminhos nunca antes percorridos pelos pilotos de Quad é, em 2003, o primeiro português a terminar o Dakar nesta disciplina.
No ano seguinte encerra de forma brilhante as suas participações em Quad, ao conquistar a Taça do Mundo, depois de registar triunfos em provas como o Rally do Oriente e o Rally dos Faraós.

Em 2004 decide experimentar a sua sorte nos automóveis. A estreia teve lugar na internacional Baja Vodafone 1000, onde se apresenta aos comandos de um velhinho Mitsubishi Pajero tendo conquistado um brilhante 2.º lugar na categoria T1. Quase sem assistência e ao volante do mesmo pouco competitivo carro, participa no Barcelona – Dakar tendo não só terminado a prova, como alcançado um excelente 5.º lugar na categoria T1/Gasolina.

Com originalidade e irreverência bem vincadas nos seus projectos, opta por uma participação a Solo no Dakar 2006. Termina a prova, um desempenho que até então apenas oito pilotos tinham conseguido. Ainda a Solo esteve em destaque no Rali da Europa Central e no Rali Transibérico onde, com sete carros das equipas oficiais Mitsubishi e BMW presentes, termina no 7.º lugar absoluto.

Os resultados, por diversas vezes superiores aos mais evoluídos BMW X3 privados, suscitaram a atenção de Sven Quandt. No Dakar Argentina-Chile 2010, o piloto confirmou em pleno as boas indicações deixadas na prova do ano anterior e no Rali de Marrocos de 2010 passou a integrar a equipa X-Raid. Na edição de 2011 do Dakar, onde pela primeira vez participou na prova rainha do TT mundial como piloto de uma equipa oficial, conquistou um 7º lugar absoluto e em 2012 terminou novamente em 7º lugar, conseguindo ainda o 1º lugar na última etapa da prova.

Marcando presença nas principais provas de todo o terreno mundiais, Ricardo Leal dos Santos aplica o seu know how no desenvolvimento de um carro de corrida competitivo, que se estreou no Rali Dakar 2015 e deu provas da sua performance na Baja Aragón 2015.